A VERDADE SOBRE O ESPIRITISMO - 1
por Reinaldo Mariano de Brito - reisol777@yahoo.com.br

Para jornalistas, colunistas, comunicadores e imprensa em geral

Faço questão de repassar este relato por concordar na íntegra com ele e faço do escritor minhas próprias palavras

Muitos jornalistas, colunistas, articulistas, comunicadores de rádio e de televisão, profissionais dos veículos de comunicação de um modo geral quando diante de matérias que envolvem assuntos ligados ao que chamam de paranormalidade, reencarnação, mediunidade, vida após a morte, experiência de quase morte e espiritismo, embora no exercício das suas atividades de forma digna e com imparcialidade, na maioria das vezes se conduzindo como criaturas honestas e sensatas, terminam por cometerem alguns equívocos lamentáveis, que reputamos como produto da falta de informação mais detalhada e aprofundada do que são determinadas coisas, principalmente o Espiritismo, achando que o conceito que têm formado em sua cultura, com base no “ouvi dizer” de toda a sua existência, confere com a verdade.

Quero aqui, com esta matéria, apenas prestar uma contribuição a esses profissionais da nossa valorosa imprensa, com o objetivo de passar-lhes a informação sobre o “produto” como ele realmente é, sem objetivo de defesa doutrinária, de criar simpatias e, muito menos, de converter quem quer que seja, uma vez que a proposta espírita jamais incentiva conversões ou qualquer atitude que venha a violentar as consciências das criaturas.

Vejam bem alguns dos equívocos cometidos pelos jornalistas e comunicadores em seus respectivos veículos de comunicação.

Vincular o Espiritismo apenas como religião
Na cabeça dos profissionais de imprensa existe Catolicismo, Protestantismo, Budismo, Islamismo, Espiritismo... da mesma forma que existe Flamengo, Vasco, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Botafogo...

A expressão Espiritismo, para eles, identifica uma religião, nada mais que uma religião, concorrente das demais, que se comporta como as outras, apenas com visões diferentes em algumas questões, mas sendo apenas uma religião.

Os times de futebol, de fato, todos fazem exatamente a mesma coisa e têm os mesmos objetivos, que são os de ganhar os jogos em busca dos títulos. São divididos em facções, chamadas torcidas, onde sempre os “fiéis” de um vêem o outro como rival e chegam a odiá-los.

Em religião não é diferente disto. Todas têm o mesmo objetivo, têm as suas facções, que neste caso aqui são os adeptos, onde normalmente o adepto de uma não gosta das outras, as vêem como rivais, até mesmo inimigas, contrárias ao “Deus” da sua concepção, chegando até a promover guerras para destruir os seus seguidores, conforme está registrado na história da humanidade.
Religião obriga, proíbe, impõe, cerceia o direito de opinião das criaturas, não costuma respeitar a Liberdade das pessoas, diz o que elas devem e que não devem ler e em grande maioria não suportam que os seus adeptos estudem demais, pesquisem, façam suas buscas, questionem e muito menos discordem. Quanto mais desinformado o seu adepto, melhor.

O Espiritismo não admite nada disto.
Ele não veio ao mundo com objetivo de ser religião, muito menos para competir com nenhuma delas. Pelo contrário, veio para que os seus postulados servissem a todas as religiões.

Terminou “virando religião” na cabeça de muita gente, por vários motivos:
Primeiro por causa da intolerância dos religiosos da Europa, na época do seu surgimento, em meados do século XIX, que cismaram em vê-lo como religião, já que em sua obra básica é sugerido que o maior modelo que o homem deve seguir é Jesus, Ser este que as religiões normalmente o tem como propriedade suas.
Segundo porque, pela necessidade que muitas pessoas têm em, necessariamente terem uma religião, muitos espíritas também acharam por bem concebê-lo desta forma, e assim vão praticando-o com suas rezações, obrigações, rituais e até mesmo proibições e obrigações, defendendo também essa sua “qualificação”.

A proposta do Espiritismo é de Educação, sobretudo no aspecto moral, objetivando fazer do homem hoje melhor que ontem, amanhã melhor que hoje, progredindo sempre com dignidade, fazendo às criaturas o que gostaria que fosse feito com ele, ao mesmo tempo em que não deve fazer o que não quer que façam com ele.

Quem será o sucessor de Chico Xavier?
Assim que o Chico Xavier desencarnou (morreu), vários comunicadores, matérias de jornais e revistas falavam e questionavam sobre sucessores dele.
Vejam bem como a imprensa vê o Espiritismo como religião, apenas como religião, achando que ele é como outras religiões são.
Ao questionarem sobre sucessor do Chico, implicitamente alimentam a idéia de vê-lo como uma espécie de “chefe” do Espiritismo, líder maior dos espíritas, uma espécie de Papa que, quando morre, imediatamente providenciam um sucessor.

Não existe nada disso em Espiritismo. Não há sucessores, chefes, líderes a quem os espíritas devem obediência e reverência.
Chico Xavier foi e é, para os Espíritas, apenas uma criatura boa, exemplar quanto a sua conduta moral, espiritual e humana, da mesma maneira como foram Mahatma Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce e vários outros inúmeros exemplares de Amor que existiram e continuam a existir na Terra.

Pelo fato de ter vivido como espírita, ter utilizado a sua mediunidade (que é uma faculdade humana e não uma “coisa” de espíritas) com dignidade em notável contribuição no processo de educação humana, conforme os postulados espíritas, teve obviamente mais proximidade com os espíritas, gerando daí um carinho especial.
Fez a parte dele aqui na Terra, mereceu e continua merecendo todo o carinho de todos nós.
Os espíritas não o vêem como santo, não acendem velas pra ele, não fazem promessas a ele, não se colocam como devotos dele e muito menos alimentam qualquer expectativa de receberem mensagens dele. Se estas mensagens vierem, tudo bem, serão aceitas com muita alegria, porém sem qualquer alarde.

É bom lembrar, também, que o médium baiano Divaldo Pereira Franco, o espírita mais conhecido entre os espíritas no mundo, nunca alimentou qualquer idéia de ser sucessor do Chico pelas duas razões básicas: primeiro porque, como foi dito, em Espiritismo não existe essa conversa de sucessor, segundo porque o próprio Divaldo jamais ver-se-ia em tal condição, porque nunca teve pretensão de ser líder de ninguém e muito menos chefe de segmento religioso filosófico algum.

Continua... Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas
alamar@redevisao.net
orkurt “alamarregis”
Site da Rede Visão: www.redevisao.net
Site pessoal: www.alamar.biz

Muita proteção e luz a todos!!!

Seja um Bom Médium.
Grande abraço,

EU SOU O EU SOU
Namastê
28/05/05
SOL777