PERGUNTAS À RAMATIS 2
por Reinaldo Mariano de Brito - reisol777@yahoo.com.br

"Continuação do artigo:PERGUNTAS À RAMATIS 1

Pergunta: O ato de não enganar a espiritualidade tem sentido dicotômico. Não conseguem enganar a espiritualidade de luz, tampouco os espíritos trevosos, não é mesmo?
Ramatis: A linguagem transmitida pelo pensamento gera energias disponíveis a todos que se encontram no campo etéreo planetário, atraindo ou repelindo conformes as sintonias vibratórias. Por isso mesmo as entidades de umbrais não são enganadas, elas percebem facilmente a verdade emitida por cada ser encarnado em pensamentos negativos ou presunçosos e disso se aproveitam em suas interferências caóticas. Da mesma forma que os espíritos de luz, também percebendo essa verdade, se afastam. Ninguém é enganado no campo etéreo. O som da mente é bem claro, límpido, e canta a verdade de cada um, seja ela para o bem ou para o mal, atraindo facilmente suas respectivas correspondências.

Pergunta: A bem da verdade qualquer um está sujeito a tais influências.
Ramatis: Um dos problemas mais graves que cercam alguns médiuns é a presunção de que o trabalho espiritual os livra de carmas ou de entidades obsessoras. O trabalho espiritual já é um carma que auxilia na cura do espírito, mas se forem necessárias provações para que o médium adquira novos aprendizados, elas surgirão. Ademais, não é o trabalho espiritual que defende o médium de entidades obsessoras e de espíritos zombeteiros, mas a sua conduta moral, dentro e fora das sessões, e os pensamentos e gestos voltados para a edificação de sua reforma íntima.

Pergunta: Isso requer dos médiuns deveres intransferíveis?
Ramatis: Antes de assumir a atividade de psicografar, o médium precisa estar consciente de seus deveres e entender que seu trabalho pode alterar a vida de milhares de pessoas que vão ler as mensagens. Dessa forma, ele precisa exercer forte reflexão sobre o que ele é como espírito encarnado, seus hábitos de vida e os objetivos do que se propõe a fazer. A cada psicografia o médium realiza verdadeira confissão de intenções perante Deus e seus guias espirituais, pois precisa estar isento de vaidade e apresentar a mensagem que recebeu sem modificá-la, rejeitando contornos anímicos que fogem à originalidade do texto com objetivos escusos, voltados para a materialidade ou para atender grupos de interesses. Por essas razões a humildade, a autocrítica e o desapego quanto aos bens e ganhos materiais são fundamentais no exercício da mediunidade. Desconfiem daqueles que visam lucros monetários com o trabalho espiritual, dos que criticam aberta ou veladamente outros médiuns promovendo competições destruidoras, ou daqueles que patrocinam intrigas em seus meios, plantando discórdias e desconfianças. Infelizmente diversos irmãos estão se deixando levar por fraquezas morais em disputas mesquinhas, em acentuado procedimento autodestrutitvo, como se a mediunidade fosse decorrente de atividades políticas ou empresariais competitivas. Não considerem o trabalho espiritual, seja qual for a sua forma, como aval para terem ao lado espíritos de luz. Estes só se aproximam dos homens que realmente promovem a paz e a conciliação, a caridade incondicional, independentemente de estarem exercendo ou não o trabalho espiritual, que consiste apenas em uma chance a mais no exercício do carma. No mundo atual a mediunidade e a obra espiritual têm sido, infelizmente, orientadas no sentido da vaidade, que objetiva inclusive minar a atividade de possíveis concorrentes por motivos torpes, incoerentes, desprovidos dos ensinamentos de Jesus. Perde-se muito tempo em batalhas de palavras que destroem e dividem. Fala-se muito por nada, esquecendo-se que em muitas ocasiões o silêncio é mais construtivo.

Pergunta: O mau exercício da mediunidade pode então atrair problemas para os médiuns?
Ramatis: Para os médiuns recalcitrantes e para todos aqueles que se aproveitam dos médiuns para obterem ganhos pessoais. A bondade de Deus permite que tais criaturas tenham a chance de reconhecer seus erros e corrigi-los. Por essa razão, durante algum tempo continuam tranqüilas achando estar tudo em ordem, sem se preocuparem em realizar a tão necessária meditação sobre os próprios atos, a conversa com a consciência. Quando o tempo se esgota, entretanto, as provações surgem não como castigos, mas como ensinamentos divinos. Para que despertem de suas realidades transtornadas pelos anseios que não os espirituais, voltados na raiz para a matéria e que geram hipocritamente atraentes frutos pseudo-espirituais. A chegada das provas pode demorar anos, mas indubitavelmente ocorrerá, dentro das relações de causa e de efeito conforme os desígnios das leis divinas.

Pergunta: Alguns críticos afirmam que vários espíritos de luz, como Jesus, Maria e Zoroastro jamais poderiam enviar mensagens psicografadas, pelo fato de nunca terem escrito algo quando estiveram na Terra. Isso é pertinente?
Ramatis: Inicialmente é preciso entender o que significa uma mensagem psicografada, sem nos prendermos à semântica mas sim à referências. Em palavras simplórias é a forma de trazer o pensamento desencarnado para o ambiente material da Terra. E isso só pode ocorrer se o médium que recebe tal pensamento o coloque em alguma forma de registro também material, pois, caso contrário, ele precisaria decorar todas as mensagens e repeti-las exatamente da mesma forma para cada um que demonstrasse interesse nelas, o que seria impossível. Como a forma escrita é a maneira mais fácil de difundir um texto ou idéia, vide os livros e outras publicações que circulam no planeta, o ato de psicografar se vale da escrita para registrar o pensamento daqueles que se encontram desencarnados. Assim, dizer que Jesus ou Zoroastro, por exemplo, não podem enviar mensagens, ou classificar essas mensagens genericamente como falsas, é uma séria interferência no livre-arbítrio das entidades, afirmação desprovida de qualquer conhecimento sobre o mundo espiritual de luz, onde o livre-arbítrio é respeitado em sua integridade divina. Seria o mesmo que afirmar ainda que as entidades não têm o direito de pensar e emitir suas visões sobre determinados temas, no sentido de orientar os terrícolas. Da mesma forma que se poderia também negar as mensagens enviadas por arcanjos, alegando-se que eles nunca estiveram na Terra encarnados para escrever algo, ou de espíritos de luz que eram analfabetos quando em missão no planeta. Será que a analfabeta Joanna D’arc está assim proibida de enviar mensagens? Além de ser uma assertiva inconsistente com o livre-arbítrio das entidades, seria não compreender que a comunicação é realizada por meio do pensamento, e não da escrita em si, a qual é o simples registro da comunicação mental. Registro esse necessário na Terra, para que a mensagem não se perca no esquecimento do médium que a recebeu, e possa ser lida por um número ilimitado de pessoas mesmo sem a presença física do médium.

Pergunta: Aproveitando sua menção sobre os arcanjos, em 2004 uma mensagem atribuída ao Arcanjo Miguel circulou onde se afirmava que ele traria a luz e a paz ao planeta, de modo que os desastres naturais seriam contidos a partir de novembro daquele ano.
Ramatis: Esse é um exemplo das observações que fizemos antes. Qualquer um, por menos informado que seja, viu o que aconteceu na Terra a partir dos tsunamis de 26 de dezembro de 2004, com terremotos, tornados, enchentes e furacões, fatos previamente anunciados e que causaram catástrofes irreparáveis. Obviamente quem acreditou nesse Arcanjo Miguel deve ter hoje dúvidas marcantes quanto ao trabalho espiritual. E quem trouxe as palavras desse Arcanjo Miguel para a Terra, sem dúvida também adquiriu carmas marcantes para a sua existência. Daí a responsabilidade que deve cercar o exercício da psicografia e de qualquer outro trabalho mediúnico.

Pergunta: Mas, sabendo-se que esse Arcanjo Miguel trouxe uma esperança fictícia para muitos, não seria o caso de denunciar tais absurdos?
Ramatis: Quando Deus proporciona o livre-arbítrio aos seus filhos, também lhes permitiu um importante instrumento chamado razão, que possibilita a capacidade de discernimento sobre o que é falso ou verdadeiro. Dessa forma, cabe a cada um que ler a mensagem psicografada o exercício da inteligência, de modo que o conteúdo seja avaliado pela meditação equilibrada. Tudo o que se lê, principalmente nessa área espiritual, necessita de reflexão, sem atitudes passionais que acatem e assimilem algo que não foi devidamente interpretado, como se fosse apenas copiado na mente.
Por outro lado, também não cabem críticas que venham trazer discórdias e polêmicas, jogando pessoas umas contra as outras em um ambiente já tão conturbado como o da Terra. A tendência dos homens é abandonar o processo do autoconhecimento, de autocrítica e de reforma íntima, envolvendo-se com observações negativas a respeito do trabalho alheio. Quando despertarem para as suas respectivas realidades será tarde, pois o tempo fica cada vez mais curto nesse fim de ciclo evolutivo. Portanto, que cada um procure curar suas próprias imperfeições, deixando que as mensagens psicografadas, mesmo as falsas, sejam criticadas silenciosamente pela razão de cada um que as ler.

Continua (3)....

MENSAGENS PSICOGRAFADAS POR HUR-THAN DE SHIDHA
PERGUNTAS À RAMATIS
(outubro-novembro de 2005)

Muita proteção e luz a todos!!!
Seja um Bom Médium.
Grande abraço,
EU SOU O EU SOU
Namastê
22/12/05
SOL777