PERGUNTAS À RAMATIS 3
por Reinaldo Mariano de Brito - reisol777@yahoo.com.br

"Continuação do artigo:PERGUNTAS À RAMATIS 2

Pergunta: E a espiritualidade não se manifesta sobre o assunto?
Ramatis: O dever da espiritualidade é orientar conforme os ensinamentos de luz, sem gerar polêmicas ou conflitos interpessoais. Alertas podem ser encontrados em diversas mensagens psicografadas, no sentido de que se tenha muito cuidado com o que se aprende, bem como advertindo os médiuns para a responsabilidade que lhes cabe quanto ao exercício de suas funções. A espiritualidade insiste que todos devem estudar e meditar, confiando, por outro lado, plenamente na perfeita habilidade divina de conceder ensinamentos nos momentos certos.

Pergunta: Que conseqüências podem advir para aqueles que manifestam mensagens duvidosas, difundindo esperanças que facilmente se diluem na verdade dos acontecimentos?
Ramatis: Todos os seres criados por Deus têm o seu tempo de aprendizado. Cada aprendizado é diferente dos demais e não foge ao caso supracitado na pergunta. Por esse motivo médiuns e seus leitores ou ouvintes precisam estudar, meditar e ampliar o conhecimento com base na razão equilibrada, longe de fantasias ou de apegos materiais que os mantém presos aos arcanos que envolvem os desejos telúricos. Espíritos, encarnados ou não, devem ter por objetivo a única verdade eterna do Universo, imutável, que é Deus. A adequação das verdades individuais à verdade divina ocorre com o aprendizado que vem no tempo certo para cada um.

Pergunta: Quando a mensagem é recebida é a própria entidade que está ali presente ou algum representante de sua falange?
Ramatis: As entidades habitam planos espirituais com atributos diversos, muitos dos quais as dificultam sobremaneira na transposição, o que pode ser chamado de movimento de um plano para outro. Sendo assim, uma entidade que se encontra em planos em torno da matéria podem se aproximar, incorporando ou não no médium. Porém, no caso de entidades muito evoluídas, em planos superiores da espiritualidade, não cabe a cada mensagem enviada o esforço da transposição. Por esse motivo a comunicação obedece à ligação mental em alguns casos, por telepatia, ou à presença de representantes da falange devidamente autorizados que trazem a mensagem em nome daquela entidade, como foi mencionado na pergunta. Visões dessas entidades de planos superiores, as quais porventura ocorram, estão associadas a projeções holográficas das mesmas, com o intuito de identificação, sem que elas estejam energeticamente presentes nos moldes conhecidos na Terra.

Pergunta: Voltando ao caso das psicografias, por que certos médiuns têm facilidade para escrever em certos idiomas, os quais não falam, e outros médiuns não?
Ramatis: Em certos casos a total inconsciência do médium permite que a mente do espírito que se aproxima haja sobre a mente encarnada, escrevendo ou falando em outros idiomas. Ao passo que no caso do médium que permanece consciente, porém retransmitindo a mensagem que recebe do espírito que dele se aproxima, isso somente seria possível se o médium tivesse na encarnação vigente pleno conhecimento do idioma passado pelo espírito. Claro que existem casos que mesmo consciente o médium fala e escreve em diversos idiomas, que nunca aprendeu na vida atual, incorporando à sua consciência contemporânea idiomas que falou em outras existências, mas são casos raros.

Pergunta: Fica implícito, então, que a comunicação se faz através da força da mente, independente do idioma que cada um fale, caso contrário não seria possível existir qualquer comunicação.
Ramatis: Os idiomas são necessários como forte mecanismo de intercâmbio para aqueles que ainda se encontram muito próximos ou presos à matéria. Quanto mais o espírito se desprende de planos densos, menos ele precisa de tal mecanismo, utilizando sua própria mente com mais propriedade e acuidade nas comunicações. O pensamento se torna um conjunto de símbolos decifráveis na comunicação etérea, de modo telepático, em que o idioma tal qual é conhecido na Terra é substituído pela compreensão automática das emanações.

Pergunta: Que explicação pode ser dada para o caso de médiuns que apresentam qualidades notáveis não encontradas em outros, como o aprendizado quase que instantâneo de idiomas, rápidas viagens mentais no tempo, vidência ampla, entre outras?
Ramatis: Os homens tendem a compreender a mediunidade de maneira restrita, quase sempre referenciando-a com base nas limitações a que estão sujeitos na Terra. Em geral, pensa-se da seguinte forma: "se não posso ou não conheço, então não existe", pensamento típico dos vaidosos. Por essa razão são tão céticos quanto às diversas possibilidades existentes, fato também agravado pela real presença de manipuladores e de trapaceiros que mancham o exercício da verdadeira mediunidade, gerando a incredulidade. As qualidades mediúnicas obedecem ao que Deus permite conforme as conquistas de cada um, são a antítese do monismo e se adaptam ao princípio plural da transdisciplinaridade mediúnica. Se um determinado médium as têm, foi porque as conquistou por mérito, em aprendizados ocorridos nas várias encarnações na Terra e em outros orbes onde viveu, bem como nas escolas do espaço, com a anuência divina. O questão maior, entretanto, não está em ter tais qualidades, mas saber utilizá-las humildemente de forma contínua, dentro das cláusulas eternas do amor e da caridade.

Pergunta: Como se processa o caso de espíritos trevosos que se fazem passar por entidades de luz, enganando o médium?
Ramatis: A camuflagem pode assumir diversos aspectos, desde a transmissão de idéias compostas por palavras aparentemente sábias, até a presença visual, que permite aos médiuns videntes observarem uma entidade de aspecto luminoso. No caso de transmissões de mensagens com traços de profundo arcabouço moral, a entidade pode se valer delas durante meses para ganhar a confiança do médium e de outros presentes no local, transmitindo-as durante algum tempo sem se deixar descobrir. Até o dia que passe uma mensagem que traga nas entrelinhas instruções inconseqüentes, que causem problemas graves aos que estão ali no trabalho espiritual. Por essa razão a necessidade da eterna vigilância sobre o que se recebe de mensagens psicografadas ou orientações de espíritos incorporados. Já no caso da visualização, a entidade procura se manifestar assumindo a forma de espíritos como Jesus e mesmo outros não conhecidos, mas geralmente cercada de cores fortes, berrantes, e luzes que aparentam serem artificiais. É gerado um conjunto de cores e de luzes agressivas, sendo que as luzes podem também parecer que estão quase apagando, situação incompatível com a firme sutileza que parte do Cosmo. O médium nessas horas deve encarar a entidade sem baixar os olhos em momento algum, pois em pouco tempo ela não sustentará a forma fictícia, voltando ao seu estado natural e se apresentando como realmente é, tal qual uma máscara que cai.

Pergunta: Isso não contradiz a assertiva de que o que vale na mensagem é o seu elevado conteúdo moral? Se uma entidade trevosa manda mensagens de conteúdo elevado dificilmente ela será descoberta em tempo hábil.
Resposta: Veja que foram mencionados os termos "aparentemente sábia" e "traços de profundo arcabouço moral". Se as comunicações forem lidas ou analisadas detalhadamente, poderão surgir pequenas dúvidas e contradições que levantem sérias suspeitas sobre a origem delas. Por isso deve-se repetir que o estudo, a pesquisa e a meditação sobre o que é lido torna-se de fundamental importância para coibir tais intrusões de espíritos negativos. Em geral as pessoas gostam de ler, aceitar facilmente, mas não analisam o que foi lido e nem procuram incorporar o aprendizado ao conhecimento.

Pergunta: Qual o papel da mediunidade nesse final de ciclo? O que os médiuns precisam entender sobre viver no Apocalipse?
Ramatis: Mesmo perante o abismo os terrícolas não cedem à tentação de polemizarem e de perderem tempo em inúteis discussões, maledicências e queixumes, acusando-se reciprocamente e criticando a religião e o trabalho alheios, em conspirações muitas vezes silenciosas, mas que são plenamente ouvidas pela espiritualidade. Pesquisa-se minuciosamente os trabalhos mediúnicos não com o intuito de aprender e de assimilar os ensinamentos recebidos, ou mesmo de rejeitá-los pacificamente com o exercício da razão, mas de falar mal dos outros na busca de notoriedade ou por interesses financeiros. Principalmente quando a vaidade se deixa conduzir por oportunidades oferecidas nos meios de comunicação, ou em interesses voltados para o poder nas instituições religiosas. O tempo gasto com tais embates faz com que se abstenha de aplicar horas preciosas no estudo e na meditação, ou mesmo no tão necessário trabalho espiritual que atende aos carentes de orientação. São aqueles médiuns ou estudiosos que se apresentam para arar o terreno, mas que de forma latente plantam e cultivam as sementes da discórdia, produzindo frutos insanos que geram revolta.
Antes de se falar na verdadeira mediunidade, aquela que realmente busca Deus, o que precisa ficar claro de início é a conscientização da importância que envolve a encarnação em qualquer era e, principalmente, aquela que ocorre nos anos do Apocalipse. Aí, sim, e considerando que todos os encarnados são médiuns, menos ou mais desenvolvidos em suas funções, cabe então a todos terem participação e iniciativa no equilíbrio planetário. E a maior iniciativa se chama reforma íntima. Já a mediunidade mais desenvolvida, ou melhor dizendo, mais atuante, é caracteristica daqueles que precisam trabalhar espiritualmente face ao grandes carmas que trazem de vidas passadas, os quais seriam cumpridos com muitas dificuldades se não fosse a atenuante mediúnica. Portanto, leia-se mediunidade atuante como chance para aqueles que muito devem e que precisam abrandar seus carmas e provações por meio do trabalho e do aprendizado via caridade. Estar trabalhando mediunicamente não é e nunca foi sinal de superioridade, porém um forte alerta para a necessidade de importantes transmutações das deficiências espirituais.
Nesse momento crucial do planeta, exige-se do médium um comportamento exemplar em todas as circunstâncias, o discernimento sobre o seu verdadeiro estado. Não apenas para o seu próprio bem, como na orientação que poderá dar aos que o observam, tratando-se de responsabilidade permanente. Daí a necessidade da interiorização na procura de imperfeições a serem curadas e da exteriorização na prática do trabalho fraterno, do amor e da caridade, todas essas tarefas iluminadas pela humildade e pelo eterno agradecimento a Deus pelas chances concedidas. Assim, reforma íntima e trabalho são as chaves das muitas mediunidades que habitam o planeta, que se encontra próximo de mudanças críticas irreversíveis, na passagem para um novo ciclo evolutivo.

Pergunta: Nota-se uma preocupação muito forte de sua parte quanto à existência de embates entre aqueles que trabalham espiritualmente, através de críticas recíprocas ou de sorrateiras acusações. Entretanto, o conflito não levanta benefícios que emergem das discussões amplas, permeando o conhecimento entre as partes?
Ramatis: Vejamos o exemplo da guerra, que é um conflito desumano, inaceitável e, fundamentalmente, inútil. Mas para iniciar uma guerra não é necessária a movimentação de exércitos com suas armas de destruição em massa. Todos os dias vemos guerras particulares começarem na Terra, cujas armas são palavras maldosas, geradas por intenções que se afastam da boa vontade apregoada por Jesus. Não somente países estão em guerra, mas muitos homens também sustentam suas guerras particulares. O conflito, ou a discussão espiritual, quando bem intencionados afastam os propósitos da inveja, da prepotência e da humilhação, e os substitui pelo diálogo construtivo que une os homens em discussões sadias, oportunas e sem o sensacionalismo público na busca pela notoriedade. O conflito benigno precisa ser formatado com princípios morais, de modo a atrair participantes que se encoragem em compartilhar dando as suas respectivas contribuições, além de ser regido pela dinâmica do bom senso e da ética voltada para a responsabilidade perante Deus. Caso contrário, os conflitos serão eternas guerras que dividem e revoltam, cujos carmas podem se estigmatizar por inúmeras encarnações futuras, na própria Terra ou em outros orbes de expiações.



MENSAGENS PSICOGRAFADAS POR HUR-THAN DE SHIDHA
PERGUNTAS À RAMATIS
(outubro-novembro de 2005)

Muita proteção e luz a todos!!!
Seja um Bom Médium.
Grande abraço,
EU SOU O EU SOU
Namastê
22/12/05
SOL777