Melquizedec
por Vera Helena Tanze - vhct@uol.com.br

Desde que me entendo por gente, via um ser com muita luz, um capuz a lhe cobrir parte do rosto e uma barba clara. Ele segurava uma bola de luz nas mãos e me encarava com aqueles olhos de fogo. No início dos anos 90, ao ler uma revista chamada “Amaluz”, que não existe mais, vi aquela figura que me era tão familiar e só então, descobri de quem se tratava: Melquizedec, a quem até então, eu chamava apenas de Mestre. O desenho era do artista plástico Mário Diniz, Reiki Master, uma pessoa extremamente especial, que acabei conhecendo e que me é muito querido. Anos depois, fui iniciada como “Sacerdote da Ordem de Melquizedec” pelo Mário, o que foi uma das vivências mais emocionantes de minha vida.

Vou lhes repassar um pouco do que recebi intuitivamente e do que aprendi sobre Ele.
Melquizedec, cuja escrita correta é Melki-Tsedek, é o Sumo Sacerdote do Deus Altíssimo. São muitas as tradições milenares que o reconhecem como ”Portador do Pão e do Vinho, emergido misteriosamente das Águas da Vida”.

Todo mistério de Melquizedec está relacionado com a origem e a queda do homem no Éden. Em seu trabalho de lograr o retorno dos antigos habitantes de Lemúria (que haviam se perdido na matéria por excessos danosos), ao seio da Divina Mãe, organizou a primeira Ordem Rosa Cruz. O pão sendo o símbolo da vida regenerada na semente e o vinho o símbolo do conhecimento Crístico realizado pela Transmutação.
Neste ponto fazemos um parêntese e indagamos: Não foi Saint Germain em uma de suas vidas, Cristian Rosenkreutz, fundador da Ordem Rosy Cross, no final do século XIV? Não é Ele o Mestre responsável pelo sétimo Raio da Transmutação pela chama violeta?
Não foi Jesus o mais conhecido ser que dividiu o pão e o vinho na Santa Ceia antes de sua crucificação?
Estaria tudo interligado?
Seriam estes personagens faces da mesma moeda?

A sabedoria oculta de Rosa Cruz, é a sabedoria da Serpente; é a Serpente Sagrada da Kundalini que ativa os sete chacras, Cristifica os sete corpos, sendo este conhecimento adquirido por todos os mestres do Grande Lago Titicaca (na Bolívia), de onde, pela lenda, surge majestoso, saindo das águas cristalinas do lago, a majestosa forma de serpente de sete cabeças (Dagon dos antigos caldeus ou Kneph do Egito antigo), sobre a qual flameja o Verbo Realizado “OM”, que se tornou popularmente o mantra da unificação cósmica.
Os orientais falam do Rei do Mundo, um ser enigmático que vive em Shamballa. Dizem que quando este ser se manifesta por alguns segundos na Terra, tudo pára, até o vento se torna quieto. Uma pessoa mais sensível e equilibrada, tem nestes momentos, a sensação que tudo está imerso num grande silêncio, como se houvesse uma “redoma” envolvendo tudo. Eu mesma sinto isto sempre e até cheiros de flores dá pra perceber. Quem já passou por isso sabe o que estou falando. São os momentos da Grande Paz, em que O Rei do Mundo está revitalizando tudo e todos.

Na “Pistis Sophia” dos gnósticos Alexandrinos, Ele é citado como O Grande Recebedor da Luz Primordial, que É Deus. Também chamado de O Filho do Sol.
Melquizedec significa “Soberania de retitude”. Membro do Conselho de Co-Criadores, sendo um dos que mantém a energia desta galáxia, embora não seja um ser, mas um Sacerdócio Cósmico que existe em todas as dimensões.
Na Terra, teve sua experiência como o rei Melquizedec, rei de Salém. Foi o primeiro a manifestar a oblação do pão e do vinho, em presença de Abraão: Gênese 14, 17, 18: ”Quando Abraão voltou após vencer Kedor-laoemr e os reis que estavam com ele, o rei de Sodoma foi ao seu encontro no vale de Shavé (vale do rei). Melquizedec, rei de Salém, trouxe o pão e Abraão o vinho, sendo o primeiro sacerdote do Deus Altíssimo”.

A imagem Melquizedec-Crística é transmitida às nações para que se preparem para a unificação desta Ordem em todas as dimensões, unidas com o Ofício do Cristo e o trabalho dos 144 mil Mestres Ascensos presentes na Terra, auxiliando o Plano Divino de resgatar a memória do Homem de sua origem Divina.
Ele também assumiu na Terra, temporariamente, o veículo de outros seres, um dos quais conhecido por Enoch, tendo aqui atuado como alma e consciência deste ser.
Poderíamos dizer que o Centro Galáctico tem um projeto para a evolução da Terra e os membros do Conselho do Governo, como Melquizedec, orientam cada parte da Galáxia observando o progresso dentro de cada sistema solar, de cada planeta. Quando um nível está completado, ou quase, enviam o nível de evolução seguinte como Luz. A Terra está, neste momento, recebendo o impulso para o próximo nível, conforme se aproxima do centro da Galáxia, Tal impulso é por Eles projetado para a Terra através de cada fóton em todos os níveis (físico, etérico, emocional e espiritual). Melquizedec atua no nível interno do indivíduo, com o intuito de reconectá-lo ao Eu Superior, que é condição absoluta para a ascensão individual e planetária, através dos impulsos emanados pela Ordem de Melquizedec, situada em Sírius.
Encontramos a Ordem de Melquizedec sob muitas formas, mas em suma, todo Mestre Ascenso pertence à Ordem, cuja iniciação pode se dar fisicamente ou nos planos internos.

O tempo de ressurgir a Ordem é agora!
Se procurarmos em nossos registros akáshicos (vivências de múltiplas vidas gravadas na alma), lembraremos de quando servimos em templos de grandes civilizações. Nós é que escolhemos ser iniciados e que damos o primeiro passo rumo à nossa evolução. Em todos os aspectos, a iniciação de Melquizedec segue a geometria sagrada, cujo número 12 é o principal. Assim, há 12 níveis de iniciação em Melquizedec. A maestria lhes será ofertada após estes níveis, que podem ser alcançados internamente.
Neste instante se cumprem os dizeres de que o “Mestre aparece quando o discípulo está pronto”.

Por fim, podemos afirmar que Melquizedec é o responsável pela constituição dos Filhos do Sol, do Cristo Solar, para assim formar com os homens e mulheres Cristificados, a CIDADE SOLAR, composta por seres solares que somos nós, que vivemos os ensinamentos do Cristo, iniciados na Luz e no Fogo Sagrado pela iniciação de Melquizedec, e que construiremos, uma nova era de plenitude interior, após assimilarmos o conceito ensinado por Melquizedec, do que seja Alfa e Ômega: o Princípio e o Fim, Deus/Pai e Deus/Mãe em perfeita comunhão na Santa Ceia de nossa existência.

Muita Luz!

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:
Hebreus cap. 7; vers.1 ao 4
Hebreus cap. 7; vers.15 ao 17
Gênese 14-18,14-19 e 14-20
Paulo - Epístolas 7:1, 7:2